quinta-feira, 11 de junho de 2020

Voto das Mulheres: Um direito conquistado com muito barulho

Olá leitores
Tudo bem com vocês?

Há pouco mais de um século as mulheres vem lutando para conseguir compartilhar seu lugar de direito ao lado dos homens na sociedade democrática. Um exemplo disso foi a demora para aprovarem o direito ao voto para as mulheres. Nesse post, vamos pincelar como as mulheres se forçaram a sair da sua zona de conforto e realmente fazer barulho para a sua voz ser escutada.

Não vamos pautar as partes legislativos da lei sobre o direito dos votos, e sim sobre o confronto ao se rebelar contra o sistema que não funcionava mais.

Quando falamos "não funcionava mais", estamos confrontando toda uma sociedade que descaradamente acredita que mulheres não são intelectualmente capazes de se posicionar politicamente e são, por esse fato, incapazes de ditar o futuro de um país.




Podemos ter uma boa noção disso quando percebemos que as mulheres levaram um tempo absurdo para conseguirem o direito de votar. O primeiro país a aprovar o voto feminino foi a Nova Zelândia, em 1893. Nos Estados Unidos apenas em 1919, com muita luta pelo sufrágio feminino, é que as mulheres conseguiram o direito de votar. O Brasil o voto feminino aconteceu em 1932. A França só em 1944. Na áfrica do Sul em 1993 e a Suíça, considerado hoje um país de primeiro mundo, só aconteceu em 1971. E foi com muito esforço que as mulheres da Arábia Saudita conseguiram o seu direito em 2011.

Pensamento Masculino


Essa resistência acontece pela supremacia masculina, principalmente de homens brancos e bem sucedidos na sociedade, que acredita na superioridade intelectual dos homens, onde apenas os homens tem a capacidade social de defender a sociedade politica de seu país.

Temos um bom exemplo disso quando lembramos que a Universidade de Harvard por muito tempo não aceitava mulheres em seu campus. Mulheres não podiam estudar ou palestrar na universidade. Esse pensamento era compartilhado por alguns de seus professores, como Hugo Munsterberg.

O alemão Hugo Munsterberg foi professor de psicologia e mais tarde Presidente da Associação Americana de Psicologia. Ele era contra o estudo das mulheres e ao voto feminino. "O único motivo para educar mulheres, era para que se tornassem esposas mais interessantes"

Ele ainda acreditava que "mulheres decentes e morais tinham muito a fazer em casa para preencher uma cédula - Isso sem falar no perigo que a política poderia ressaltar desavenças entre marido e mulher".

Mulheres Brasileiras na Luta pelo Voto


Quando falamos do Brasil, também houve um grande movimento a favor do voto feminino. As sufragistas feminina no país apareceram em 1891, quando uma petição foi feita e assinada por 31 pessoas. Não foi para frente o projeto.

Houve um grande barulho nessa época, onde as sufragistas femininas lutaram para conseguirem o seu direito. Não adiantou em nada. A desculpa? Diziam que o fato de ter mulheres votando, iria criar conflito na "família brasileira".

Aparentemente ter uma mulher capaz de votar era visto como perigo para a sociedade masculina brasileira. As mulheres do Brasil só conseguiram o direito ao voto em 1932. E votaram oficialmente no ano seguinte
Mulheres votam pela primeira vez (Foto/reprodução internet)

Entretanto, o direito das mulheres brasileiras de votam ainda existia com algumas condições. Por exemplo, apenas mulheres casadas - e com permissão de seus maridos - poderiam votar. Mulheres solteiras e viúvas só poderiam votar se tivessem sustento próprio.

Apenas dois anos depois é que essas exigências foram retiradas, mais o voto das mulheres ainda era considerado facultativo. Em 1946, o voto feminino se tornou obrigatório.

Hoje podemos ver como a demora de garantirem o direito das mulheres era visto como algo patriarcal. Mais é com certa alegria que observamos como hoje, apesar de lutas e muitos preconceitos, as mulheres são capazes, e maioria entre os eleitores, de votarem com graça e sabedoria.

Mulheres não são mais vistas como apenas donas de casas que esperam pacificamente o retorno de seus maridos. Hoje são pessoas independentes e bem resolvidas. Fortes e inteligentes.

O sexo feminino sempre foi estigmatizado, temido e ignorado. O fato de hoje, as mulheres se posicionarem com força e propriedade intelectual para opinar sobre o futuro politico do país, só prova o quanto o mundo estava equivocado em pensar que as mulheres eram incapazes de votarem.

Então se orgulhem mulheres... sua perseverança provou ao mundo que sempre fomos capazes de qualquer coisa!

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